Por que redes subterrâneas são opções mais viáveis a longo prazo?

Nos grandes centros urbanos, as redes elétricas subterrâneas vêm ganhando cada vez mais aderência, seja por segurança ou por estética, o que reforça a tendência de enterramentos de cabos de energia para as redes de distribuição.

Mesmo com grande apelo estético para a paisagem, o que realmente chama a atenção são as vantagens técnicas.

Quando consideramos o custo de operações com as redes aéreas que sofrem muito com desligamentos e manutenções por acidentes com pessoas, quedas de cabos, acidentes com árvores, descargas atmosféricas e várias outras causas, as redes subterrâneas que podem durar 50 anos, ganham destaque e passam a ser consideradas no projeto.

Continue conosco para saber mais sobre essa tendência que vem crescendo no Brasil.

Fonte: https://www.romagnole.com.br/
Autor: © Grupo Romagnole. Todos os direitos reservados
Postado: Eng. Elet. Vanderlei Felisberti

O que impulsiona a implementação da rede subterrânea

Além das vantagens técnicas citadas anteriormente e uma questão financeira a ser melhor estudada, as ameaças contra a infraestrutura de energia estão aumentando anualmente com as mudanças climáticas e a intensidade das tempestades, o que significa que a necessidade e o valor de proteger as linhas de energia continuarão crescendo.

Juliano Fernandes dos Santos Silva, especialista reconhecido nacionalmente por atuar em grandes e inovadores projetos da engenharia elétrica e que atuou como responsável técnico pela rede de distribuição subterrânea de São Paulo, em entrevista ao portal Terra, cita que o Brasil permanece de 10 a 12 horas, até 16 horas, sem energia durante o ano.

Na Alemanha, que tem 80% de sua rede subterrânea, esse tempo é de 23 minutos por ano. Agora considere o impacto desse tempo em uma indústria.

Um estudo realizado por Fernandes (2018), na cidade do Rio de Janeiro, concluiu que a construção da rede subterrânea resultou em um melhor desempenho no atendimento do serviço prestado pelas concessionárias e a satisfação do consumidor foi até cinco vezes maior, em comparação aos serviços em redes aéreas.

Outra possibilidade de impulsionamento é o apoio governamental, como o caso da cidade de São Paulo que passou a exigir, por lei, que concessionárias, empresas estatais e operadoras de serviço realizassem o enterramento do cabeamento de rede elétrica, telefonia, TV e outros serviços. reduzindo milhares de postes da paisagem da cidade, elevando consideravelmente o percentual de rede subterrânea local. 

As maiores redes subterrâneas do Brasil

Na realidade brasileira (2010), apenas 2% da distribuição de energia elétrica em baixa e média tensão é feita por redes subterrâneas, mas grandes cidades como São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro já possuem leis para uma transição gradativa para o subterrâneo.

Os índices variam, mas podemos estimar que, em Brasília, o percentual seja de 11%; em São Paulo, de 24%; no Rio de Janeiro, 43% da linha enterrada. 

A Romagnole em contribuição para as redes enterradas

Converter uma rede para o sistema subterrâneo significa construir uma rede no subsolo, e não apenas “enterrar cabos”. 

Para ajudar a melhorar a operacionalização de todo esse sistema, o transformador submersível é o equipamento projetado pela Romagnole para garantir maior confiabilidade e segurança em instalações subterrâneas de distribuição.

Este também é um equipamento que já atende as normas exigidas pelas concessionárias de energia do Brasil e órgãos reguladores. É um transformador a óleo, que aceita o óleo isolante vegetal (OIV), instalado em galerias de transformação subterrâneas das vias terrestres.