Proteção contra Descargas Atmosféricas – PDA
O Brasil é um dos países que mais recebem raios (cerca de 100 milhões, a cada ano), com a característica de carregarem cargas elétricas positivas, mais duradouras e com maior intensidade de corrente elétrica, ao contrário do usual.
A Proteção contra Descargas Atmosféricas (PDA) é feita pela construção de um Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA)1 e a instalação das Medidas de Proteção contra Surtos (MPS)2. Para que os riscos de acidentes causados por descargas atmosféricas seja o mais baixo possível é necessário que a PDA seja projetada, instalada e mantida de acordo com as orientações da norma ABNT NBR 5419.
1) Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). ABNT NBR 5419-3:2015 Versão Corrigida:2018. Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida
2) Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). ABNT NBR 5419-4:2015 Versão Corrigida:2018. Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura.
Os para-raios protegem exclusivamente a construção. Para a segurança de equipamentos eletroeletrônicos, são necessários os supressores de surto de tensão (DSP), evitando que as descargas elétricas vindas pelos cabos de força e de telefone atinjam e queimem os equipamentos.
É possível ter um para cada aparelho, porém, o mais importante é instalar um supressor mais potente no quadro de entrada de força da casa e outro na entrada de telefone.
Verifique e comprove periodicamente através de inspeções e laudo emitido por um Engenheiro Eletricista das condições atuais das suas instalações. O seu patrimônio esta seguro???
Para-raios Franklin
Um Para-raios é uma peça de metal, comumente de cobre ou outro metal condutor, destinado a dar proteção as edificações, das descargas elétricas atmosféricas. A fim de provar que os raios são descargas elétricas da natureza, o americano Benjamin Franklin procedeu a uma experiência famosa, com base na qual inventou o pára-raios. Durante uma tempestade, empinou uma pipa e constatou o poder das pontas de atrair raios ao observar as faíscas que se produziam na chave atada à ponta do cordel em suas mãos.
Para-raios é um sistema de condutores metálicos que capta as descargas elétricas atmosféricas e as desvia para o solo a fim de evitar danos a edifícios. Como o raio tende a atingir o ponto mais alto de uma área, o para-raios é instalado no topo do prédio.
Liga-se ao chão por cabos de pequena resistência. Chama-se também para-raios o aparelho destinado a proteger instalações elétricas contra o efeito de cargas excessivas (sobretensões) e descarregá-las na terra.
Emprega-se em geral o para-raios inventado por Benjamin Franklin, ou para-raios de antena, para as descargas atmosféricas. O aparelho consiste numa haste de ferro com ponta de cobre ou de platina ligada por um condutor a uma chapa de terra, nome dado à chapa (ou tubo) metálica que, para ter bom contato com a terra, é enterrada no solo e rodeada de pó de carvão.
Admite-se que a zona de proteção desse tipo de para-raios é igual a um cone com vértice na ponta da antena, no alto do edifício, e raio, no solo, equivalente à altura do chão à ponta da antena. Na proteção de instalações elétricas, o pára-raios ou descarregador é colocado num ponto da instalação em que se forme um máximo da onda de tensão.
Para-raios de Melsens.
Empregado para o mesmo fim que o pára-raios de Franklin, o Pára-raios de Melsens adota o princípio da gaiola de Faraday. Consiste em envolver o edifício numa armadura metálica, aproveitando as linhas arquitetônicas para a passagem dos elementos da trama, barras de ferro verticais e horizontais. No alto da construção, as barras verticais juntam-se em feixes, os quais se ligam ao solo, no outro extremo, por uma série de chapas de terra.
Captores aéreos.
É a parte do sistema que tem por finalidade receber (ou captar) os impactos dos raios.
Condutores de descidas não naturais.
Têm por finalidade levar para a terra a energia recebida pelo sistema de captores. Os condutores de descida devem ser retilíneos e verticais, de modo a prover o trajeto mais curto e direto para a terra. Não são admitidas emendas nos cabos utilizados como condutores de descidas, exceto na interligação entre o condutor de descida e o condutor de aterramento, onde deve ser utilizado um conector de medição.
Os cabos de descidas devem ser protegidos contra dano mecânicos até, no mínimo, 2,5m acima do nível do solo. A proteção deve ser por eletroduto de PVC ou metálico sendo que, neste ultimo caso, o cabo de descida deve ser conectado as extremidades superior e inferior do eletroduto.
Condutores horizontais.
Anel de superior (cobertura) No topo das estruturas, em especial naquelas com altura superior a 10m, recomenda-se instalar um captor em forma de anel, disposto ao longo de todo perímetro. Este captor não deve estar situado a mais de 0,5m da borda do perímetro superior da edificação. Esta recomendação é suplementar e não exclui a necessidade de outros captores, quando determinada pelo projeto.
Anel inferior (anel de aterramento) Os condutores de descida não naturais devem ser interligados por meio de condutores horizontais, formando anéis. O primeiro deve ser o anel de aterramento e na impossibilidade deste, um anel até no máximo 4m acima do nível do solo e os outros a cada 20m de altura.
Haste de aterramento.
Haste de aterramento tem a função de dissipar no solo a energia captada pelo condutor terra. Esta conexão com o solo se faz por meio dos chamados eletrodos de aterramento, que podem ser em hastes metálicas cravadas verticalmente e/ou cabos enterrados horizontalmente, ou as ferragens das fundações das edificações Um subsistema de aterramento deve possuir uma qualidade mínima aceitável para que tenha um desempenho satisfatório.
Caixa de inspeção.
A Caixa de inspeção faz a conexão do pára-raio com a terra (através do condutor de descida). Tem a função de dissipar no solo a energia captada pelo captor (ou pelos captores). Esta conexão com o solo se faz por meio dos chamados eletrodos de aterramento, que podem ser em hastes metálicas cravadas verticalmente e/ou cabos enterrados horizontalmente, ou as ferragens das fundações das edificações.
Medição da resistência de aterramento.
Para assegurar a dispersão da corrente de descarga atmosférica na terra sem causar sobretensões perigosas, o arranjo e as dimensões do subsistema de aterramento são mais importantes que o próprio valor da resistência de aterramento. Entretanto recomenda-se, para caso de eletrodos não naturais, como forma de reduzir os gradientes de potencial no solo e a probabilidade de centelhamento perigoso.
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